terça-feira, 5 de março de 2013

Ata II Encontro Leste de Cultura

Abaixo a Ata do II Encontro Leste, escrita por Daniel Marques, se alguma coisa faltou postem nos comentários que incluiremos.




São Paulo,  28  de Fevereiro de 2013

Reunião em Ermelino Matarazzo
Começo

Pedro componente do Cine Campinho e Educador do Programa Jovens Urbanos  relatou um pouco de como foi a reunião com os coletivos de Guaianases, disse que começou um pouco tumultuada,devido a Casa de Cultura, local onde seria feita a reunião estar fechada.

Herbert da Descompanhia Teatral disse que o encontro de Guaianases estava alinhado com o primeiro encontro que foi feito em Ermelino.
Foram discutidas propostas não tão regionalizadas mas sim discutindo a cidade como um todo como: VAI 2, a volta da administração das casas de cultura para a secretária de cultura e a construção de um Fórum da Zona Leste.

Elaine Mineiro,educadora e moradora da Cidade Tiradentes, nos relatou um pouco sobre a questão do Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes e sobre a proposta de criação de um conselho gestor que possa gerir o espaço,ele  não está funcionando pois  não possui funcionários o suficiente, nem verba
16 de Março acontecerá um fórum na Cidade Tiradentes para  ver a questão do decreto de funcionamento do Centro Cultural.
Marcel Couto,nos alertou sobre o Vale Cultura,talvez esse subsidio não contemple a necessidade de coletivos culturais.
E nos deixou a questão: Será que o recurso ficará concentrado nas mãos dos mesmos?
Fernando- precisamos saber de onde vem esse recurso, devemos obrigá-los a destinar parte desse recurso para a Zona Leste- diz.
Marcelo do “Alma’’,disse um pouco sobre a dificuldade de captação de recursos pela Lei Rouanet.
Serginho do Espaço cultural Carlos Marighella,falou sobre o Manifesto do Fundão de  Guaianases : precisamos nos unificar,nos organizar.
Os coletivos  de Guaianases  já estão se articulando com a Subprefeitura e com a secretária de educação.
É necessário somar  forças entre os bairros.
Leandro do Balaio- contextualizou um pouco a partir do encontro anterior feito em Ermelino.
O Juca Ferreira se comprometeu a vir na Zona Leste para ouvir as demandas dos coletivos culturais.
Proposta de Elaboração de um documento a ser entregue ao secretário.
Leandro propôs algumas diretrizes de trabalho a serem tomadas: Discussão sobre os Fóruns a serem feitos, Documento a ser escrito e o próprio encontro com o Juca.
Vander Che: A luta não é partidária, não estamos levantando bandeira. É preciso tomar cuidado com a comunicação via internet.
Tita do Dolores Boca Aberta, falou sobre a movimentação política que está acontecendo nos ,últimos dois meses. Temas que estão borbulhando: Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes.Os coletivos de Guaianases,Penha,Cangaíba,São Mateus,Ermelino,Itaim,Itaquera entre outros bairros  querem marcar um encontro com o Juca. Nada melhor do que unirmos forças para chegar com maior representatividade junto ao secretário.
Hebert- A proposta não seria nem unificar seria diversificar. A proposta era trazer as discussões especificas e locais, porém é,interessante pensar em questões maiores como o VAI 2, que contempla a cidade como um todo.

Luciano do Dolores- É preciso tirar uma síntese que especifique as nossas demandas, tentar fazer uma articulação de 1 mês para  este encontro com o secretário.
Segurar a onda em chamar o secretario individualmente.
Evitar boicotes de lideranças locais.
Marcel- Temos que fazer uma pressão junto ao  prefeito para ele incluir nossas demandas no plano de metas para a cidade.
Dia 15 de Março na Igreja São Francisco haverá um encontro com o secretario de cultura as 19hs.
Serginho- é necessário afinar as preocupações.
Luiz da Descompanhia Teatral- A idéia do Fórum tem uma conotação política,mas como pensar de uma forma conceitual para além da questão prática. Como construir um novo olhar sobre a cultura. A zona leste é múltipla.
Hebert- seria interessante ter a velocidade na articulação, é preciso criar um pensamento embrião do Fórum da Zona Leste.
Elder do Mobilize- Que a idéia de organização do trabalho seja baseada no trabalho de bem- feitoria.
Serginho- o que podemos levar de concreto para a reunião com o secretario no dia 15. Duas ou três pessoas de cada região para fazerem parte de uma Comissão de Trabalho.
Aragão- Contrapor a Virada Cultural com atividades desenvolvidas por coletivos da leste.

Tita- Levantar propostas diretas e levar ao conhecimento do Juca: Casas de Cultura, fomentos regionais. Pautas a serem levadas no dia 15.

Leandro- Temos que tomar conhecimento dos processos os quais chamaram essa reunião do dia 15, pois os fazedores de cultura não participaram da construção desse chamamento.
Aragão- propôs de que os coletivos se reúnam com os supervisores de cultura de suas respectivas subprefeituras.
Ederson- Propôs a criação de um Estatuto Leste, um dossiê.
Ricardo do Espaço Carlos Marighella- Estamos perdendo o foco da conversa e dando muita importância a reunião do dia 15.
Quando vai se abrir a condição para participarmos desses recursos públicos? É questionar a funcionalidade dos editais. Cobrar o que já tem e discutir o que fazer.
Marcel- Mas se começarmos a lutar só por dinheiro vamos acabar virando um sindicato.
Vander- Enquanto a Rede Cultura ZL,nós vamos discutir se é válido se fazer presentes na reunião do dia 15.
Luiz da descompanhia- O que ficou de bom dessa reunião?

ENCAMINHAMENTOS
*Criação do Fórum Leste
*Criação do grupo de trabalho para elaborar as proposições de articulação com outros coletivos de outras regiões da Leste.
*Dia: 08 de Março (uma sexta-feira) às 19hs,reunião com o grupo de trabalho/comissão, no Espaço Marighella ,em Guaianases.
*Dia12 de Março (uma terça), reunião com a maior parte de coletivos que conseguirem vir. Local: Espaço do Balaio as 19hs.Endereço: Rua Miguel Rachid,692-Ermelino Matarazzo.
Estiveram presentes nesta reunião cidadãos das regiões: Penha, Ermelino Matarazzo, Itaim Paulista,Guaianases,Itaquera,Cidade Tiradentes,São Mateus e São Miguel Paulista.

Comissão/Grupo de Trabalho- Integrantes:
 Pedro,Hebert, Serginho- Guaianases
Elaine Mineiro e Queila Rodrigues- Cidade Tiradentes
Ricardo,Jonathan,Manulo- São Miguel Paulista
Vander, Leandro e Chapéu- Ermelino Matarazzo.
Marcelo e Julio- Itaquera
Renato e Luciano- Penha ( mas são moradores de Artur Alvin macro região)
Harika- São Mateus
Daniel e Marcel- Itaim Paulista


A Reunião foi finalizada as 22e25hs da noite.

Fotos da reunião









Um comentário:

  1. Fiquei pensando no tópico-síntese "O que ficou de bom deste encontro?" Naquele momento, a minha fala não pretendia valorar como bom ou ruim o encontro - longe disso - mas tentar desviar, talvez, de um foco dominante/dominador que estava instaurado/instaurando-se e regendo nossas percepções a uma questão: ' temos que encaminhar'. Perguntei-me: Encaminhar oque? Estávamos encaminhando, ao meu ver, uma aproximação entre os dois coletivos que tinham/têm a pretensão de 'juntar forças', estabelecer parcerias. Estávamos encaminhando a construção de uma gramática em comum porque neste encontro cada coletivo teve que lidar com gramáticas diferentes daquelas que já estavam habituados. Estávamos encaminhando a construção de uma relação de não subjugação entre os dois movimentos culturais ali presentes. Aliás, somente este último 'encaminhamento' já é muito trabalhoso e exige muito de todos: Diante do encontro com o Outro o que fazer? Colonizar? Massacrar? Dominar? Estabelecer hierarquias de poder? Como lidar com o "outro" que é diferente de mim/nós? Estávamos TENTANDO estabelecer uma relação de parceria que não visava a subjugação do Outro, e este fato em si já mereceria que nós lançássemos rojões celebrativos (porque na história da 'civilização', até onde sei, sempre o Outro é visto como o ruim, o mal, o sujo, o burro, o que deve ser dominado, demonizado, massacrado, etc). Então, naquele momento de minha fala, tive a pretensão de compartilhar os " inúmeros encaminhamentos" que estávamos realizando mas que pareciam permanecer completamente em um território subterrâneo, desprezível, marginal, e que para mim eram eles a grande potência daquele encontro. Gosto do subterrâneo, do desprezível, do marginal: acredito que aí encontramos formas outras (organizacionais/estéticas/existenciais) muito mais potentes que aquelas engendradas pelo sistema econômico (de produção) capitalistístico. Gosto de olhar para o micro e ali entender a política que estamos fazendo, em ato, sem estarmos salvaguardados por qualquer ''ideologia'' ou 'representabilidade'.
    Concluindo, aquela minha fala, para além de um olhar valorativo de 'bom ou mau', não tinha outra "pretensão" senão trazer a baila, de maneira afirmativa, a tensão do encontro dos diferentes, que 'gerou' um grande coletivo heterogêneo, e nos trouxe inúmeras questões bastante provocativas, dentre elas podemos destacar esta: ali no encontro zl representamos alguém senão nós mesmos/nossos coletivos?

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