São Paulo, 28 de
Fevereiro de 2013
Reunião em Ermelino
Matarazzo
Começo
Pedro componente
do Cine Campinho e Educador do Programa Jovens Urbanos relatou um pouco de como foi a reunião com os
coletivos de Guaianases, disse que começou um pouco tumultuada,devido a Casa de
Cultura, local onde seria feita a reunião estar fechada.
Herbert da
Descompanhia Teatral disse que o encontro de Guaianases estava alinhado com
o primeiro encontro que foi feito em Ermelino.
Foram discutidas propostas não tão regionalizadas mas sim
discutindo a cidade como um todo como: VAI 2, a volta da administração das
casas de cultura para a secretária de cultura e a construção de um Fórum da
Zona Leste.
Elaine Mineiro,educadora
e moradora da Cidade Tiradentes, nos relatou um pouco sobre a questão do Centro
de Formação Cultural da Cidade Tiradentes e sobre a proposta de criação de um
conselho gestor que possa gerir o espaço,ele
não está funcionando pois não
possui funcionários o suficiente, nem verba
16 de Março acontecerá um fórum na
Cidade Tiradentes para ver a questão do
decreto de funcionamento do Centro Cultural.
Marcel Couto,nos
alertou sobre o Vale Cultura,talvez esse subsidio não contemple a necessidade
de coletivos culturais.
E nos deixou a questão: Será que o recurso ficará
concentrado nas mãos dos mesmos?
Fernando-
precisamos saber de onde vem esse recurso, devemos obrigá-los a destinar parte
desse recurso para a Zona Leste- diz.
Marcelo do “Alma’’,disse
um pouco sobre a dificuldade de captação de recursos pela Lei Rouanet.
Serginho do Espaço
cultural Carlos Marighella,falou sobre o Manifesto do Fundão de Guaianases : precisamos nos unificar,nos
organizar.
Os coletivos de Guaianases já estão se articulando com a Subprefeitura e com a secretária de educação.
Os coletivos de Guaianases já estão se articulando com a Subprefeitura e com a secretária de educação.
É necessário somar
forças entre os bairros.
Leandro do Balaio-
contextualizou um pouco a partir do encontro anterior feito em Ermelino.
O Juca Ferreira se comprometeu a vir na Zona Leste para
ouvir as demandas dos coletivos culturais.
Proposta de Elaboração de um documento a ser entregue ao
secretário.
Leandro propôs algumas diretrizes de trabalho a serem
tomadas: Discussão sobre os Fóruns a serem feitos, Documento a ser escrito e o
próprio encontro com o Juca.
Vander Che: A
luta não é partidária, não estamos levantando bandeira. É preciso tomar cuidado
com a comunicação via internet.
Tita do Dolores Boca
Aberta, falou sobre a movimentação política que está acontecendo nos
,últimos dois meses. Temas que estão borbulhando: Centro de Formação Cultural
da Cidade Tiradentes.Os coletivos de Guaianases,Penha,Cangaíba,São
Mateus,Ermelino,Itaim,Itaquera entre outros bairros querem marcar um encontro com o Juca. Nada
melhor do que unirmos forças para chegar com maior representatividade junto ao
secretário.
Hebert- A
proposta não seria nem unificar seria diversificar. A proposta era trazer as
discussões especificas e locais, porém é,interessante pensar em questões
maiores como o VAI 2, que contempla a cidade como um todo.
Luciano do Dolores-
É preciso tirar uma síntese que especifique as nossas demandas, tentar fazer
uma articulação de 1 mês para este encontro
com o secretário.
Segurar a onda em chamar o secretario individualmente.
Evitar boicotes de lideranças locais.
Marcel- Temos que
fazer uma pressão junto ao prefeito para
ele incluir nossas demandas no plano de metas para a cidade.
Dia 15 de Março na Igreja São Francisco haverá um encontro
com o secretario de cultura as 19hs.
Serginho- é
necessário afinar as preocupações.
Luiz da Descompanhia
Teatral- A idéia do Fórum tem uma conotação política,mas como pensar de uma
forma conceitual para além da questão prática. Como construir um novo olhar
sobre a cultura. A zona leste é múltipla.
Hebert- seria
interessante ter a velocidade na articulação, é preciso criar um pensamento
embrião do Fórum da Zona Leste.
Elder do Mobilize-
Que a idéia de organização do trabalho seja baseada no trabalho de bem-
feitoria.
Serginho- o que
podemos levar de concreto para a reunião com o secretario no dia 15. Duas ou
três pessoas de cada região para fazerem parte de uma Comissão de Trabalho.
Aragão- Contrapor a Virada Cultural com atividades
desenvolvidas por coletivos da leste.
Tita- Levantar
propostas diretas e levar ao conhecimento do Juca: Casas de Cultura, fomentos
regionais. Pautas a serem levadas no dia 15.
Leandro- Temos
que tomar conhecimento dos processos os quais chamaram essa reunião do dia 15,
pois os fazedores de cultura não participaram da construção desse chamamento.
Aragão- propôs de
que os coletivos se reúnam com os supervisores de cultura de suas respectivas
subprefeituras.
Ederson- Propôs a
criação de um Estatuto Leste, um dossiê.
Ricardo do Espaço
Carlos Marighella- Estamos perdendo o foco da conversa e dando muita
importância a reunião do dia 15.
Quando vai se abrir a condição para participarmos desses
recursos públicos? É questionar a funcionalidade dos editais. Cobrar o que já
tem e discutir o que fazer.
Marcel- Mas se
começarmos a lutar só por dinheiro vamos acabar virando um sindicato.
Vander- Enquanto
a Rede Cultura ZL,nós vamos discutir se é válido se fazer presentes na reunião
do dia 15.
Luiz da descompanhia-
O que ficou de bom dessa reunião?
ENCAMINHAMENTOS
*Criação do Fórum Leste
*Criação do grupo de trabalho para elaborar as proposições de
articulação com outros coletivos de outras regiões da Leste.
*Dia: 08 de Março (uma sexta-feira) às 19hs,reunião com o
grupo de trabalho/comissão, no Espaço Marighella ,em Guaianases.
*Dia12 de Março (uma terça), reunião
com a maior parte de coletivos que conseguirem vir. Local: Espaço do Balaio as
19hs.Endereço: Rua Miguel Rachid,692-Ermelino Matarazzo.
Estiveram presentes nesta reunião
cidadãos das regiões: Penha, Ermelino Matarazzo, Itaim
Paulista,Guaianases,Itaquera,Cidade Tiradentes,São Mateus e São Miguel
Paulista.
Comissão/Grupo
de Trabalho- Integrantes:
Pedro,Hebert, Serginho- Guaianases
Elaine Mineiro e Queila Rodrigues- Cidade Tiradentes
Ricardo,Jonathan,Manulo- São Miguel Paulista
Vander, Leandro e Chapéu- Ermelino Matarazzo.
Marcelo e Julio- Itaquera
Renato e Luciano- Penha ( mas são moradores de Artur Alvin macro região)
Harika- São Mateus
Daniel e Marcel- Itaim Paulista
A Reunião foi finalizada as 22e25hs
da noite.
Fotos da reunião
Fiquei pensando no tópico-síntese "O que ficou de bom deste encontro?" Naquele momento, a minha fala não pretendia valorar como bom ou ruim o encontro - longe disso - mas tentar desviar, talvez, de um foco dominante/dominador que estava instaurado/instaurando-se e regendo nossas percepções a uma questão: ' temos que encaminhar'. Perguntei-me: Encaminhar oque? Estávamos encaminhando, ao meu ver, uma aproximação entre os dois coletivos que tinham/têm a pretensão de 'juntar forças', estabelecer parcerias. Estávamos encaminhando a construção de uma gramática em comum porque neste encontro cada coletivo teve que lidar com gramáticas diferentes daquelas que já estavam habituados. Estávamos encaminhando a construção de uma relação de não subjugação entre os dois movimentos culturais ali presentes. Aliás, somente este último 'encaminhamento' já é muito trabalhoso e exige muito de todos: Diante do encontro com o Outro o que fazer? Colonizar? Massacrar? Dominar? Estabelecer hierarquias de poder? Como lidar com o "outro" que é diferente de mim/nós? Estávamos TENTANDO estabelecer uma relação de parceria que não visava a subjugação do Outro, e este fato em si já mereceria que nós lançássemos rojões celebrativos (porque na história da 'civilização', até onde sei, sempre o Outro é visto como o ruim, o mal, o sujo, o burro, o que deve ser dominado, demonizado, massacrado, etc). Então, naquele momento de minha fala, tive a pretensão de compartilhar os " inúmeros encaminhamentos" que estávamos realizando mas que pareciam permanecer completamente em um território subterrâneo, desprezível, marginal, e que para mim eram eles a grande potência daquele encontro. Gosto do subterrâneo, do desprezível, do marginal: acredito que aí encontramos formas outras (organizacionais/estéticas/existenciais) muito mais potentes que aquelas engendradas pelo sistema econômico (de produção) capitalistístico. Gosto de olhar para o micro e ali entender a política que estamos fazendo, em ato, sem estarmos salvaguardados por qualquer ''ideologia'' ou 'representabilidade'.
ResponderExcluirConcluindo, aquela minha fala, para além de um olhar valorativo de 'bom ou mau', não tinha outra "pretensão" senão trazer a baila, de maneira afirmativa, a tensão do encontro dos diferentes, que 'gerou' um grande coletivo heterogêneo, e nos trouxe inúmeras questões bastante provocativas, dentre elas podemos destacar esta: ali no encontro zl representamos alguém senão nós mesmos/nossos coletivos?