terça-feira, 2 de abril de 2013

Vídeo traz a versão dos vizinhos do Itaquerão, palco da abertura da Copa

Do jornal Brasil de Fato


Na Comunidade da Paz, em Itaquera, zona leste de São Paulo, os moradores convivem com falta de luz, água, saneamento básico e a ameaça de despejo por conta das obras para a Copa
1º/04/2013

Luiza Bodenmüller,
A equipe da Grão Filmes, produtora audiovisual vizinha da Pública na Casa de Cultura Digital, inspirou-se nas histórias da Comunidade da Paz publicadas no Copa Pública e foi a Itaquera, na zona Leste de São Paulo, ouvir os moradores sobre as transformações que os atingem, provocadas pelas obras da Copa – é ali que está o estádio programado para receber a abertura do megaevento.
A ideia do video produzido a partir de horas de conversas com os moradores – e que você pode assistir ao final dessa matéria – é ampliar o debate público em torno das decisões que afetam os habitantes de São Paulo, como a questão habitacional.
Alice Riff, uma das sócias da Grão, explica: “Estamos acompanhando a preparação do país para receber a Copa e vendo que, ao invés de usar esse evento para obras que tenham como objetivo amenizar as desigualdades sociais e territoriais, quem tem se favorecido são apenas as construtoras. A Copa tem passado por cima das comunidades, de pequenos comércios, do Museu do Índio na semana passada no Rio, e tudo às custas de dinheiro público.”
Sobre o que mais marcou a equipe durante a visita, Alice diz: “Para todos os moradores que conversamos, a Copa assim tão próxima não é a solução dos problemas, mas agora eles têm um certo poder para negociar. Viver sem segurança, sem água, sem luz e sem saneamento básico é a realidade destas famílias há anos, e esses problemas sempre foram ignorados. Mas como agora eles representam um obstáculo para a Copa, para o Parque Linear Rio Verde e para o Polo Institucional de Itaquera, de alguma maneira, a situação terá que ser resolvida. E há articulação política por parte da comunidade para conseguir o melhor para eles. Propor um plano urbanístico alternativo ao oficial (como eles fizeram) mostra a clareza dos moradores em relação aos seus direitos.”

Para ver o video no youtube click aqui Desenvolvimento pra quem?

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